sexta-feira, 3 de junho de 2011

Amor grego

Desculpem-me fiéis leitores, mas depois de um mês colocando as idéias e a vida no lugar e, principalmente após o retorno de Saturno tive a idéia de escrever o post de hoje.

"De onde nós viemos e para onde nós vamos?" "Por que estamos aqui?" São perguntas que a Humanidade desde sempre fez. Acreditando em seu status especial dentre as criaturas divinas, foi bombardeada durante séculos com evidências contrárias que não estavam escritas em livros sagrados: A Terra gira em torno do Sol. o Sol é apenas mais uma estrela, a Humanidade não descende de Adão e Eva e sim, de hominídeos pré-históricos. Onde está o status especial reservado para as maiores criações do Ser Supremo?

Como muitos antes e depois deles os gregos criaram sua própria mitologia, a desmistificaram e a modificaram através dos séculos, fazendo estas mesmas perguntas. Dois gregos excederam-se na procura dessas respostas, e por isso tornaram-se "amigos ou amantes do saber ou conhecimento". Falo de Sócrates e Platão. Devo confessar que por causa deles minha maior crise existencial ocorrida há muitos anos não teve um desfecho mais terapêutico (trancada num consultório falando para um estranho meus problemas), e a eles devoto meu Amor Ideal.

Toda  vez que me encontro numa encruzilhada leio textos de Platão para entender que meus problemas e questões não são menos ou mais importantes que de outros, apenas são iguais, ou seja, não são, nem ao menos, originais. Isto me leva sempre a crer que se outro teve uma situação igual a minha, ou mesmo parecida, e conseguiu achar uma solução por que eu não poderia também? Não precisa sequer ser a mesma solução.

Platão e Sócrates viveram há mais de 2000 anos atrás e abordaram temas universais como Amor, Pós-Morte, Política, Ética, Alma, Conhecimento, Intuição, Metafísica, Religião, Verdade, Justiça, etc. Uma prova dessa universalidade: roteiros de filmes como "Matrix" e até livros clássicos como "A Divina Comédia" de Dante foram baseados ou abordaram idéias consideradas platônicas e/ou socráticas. Diante desta quantidade de temas abordados volto à noção de que alguém já passou por isso antes e, sobreviveu para contar ou ao menos questionar...

Sempre recomendo a leitura de "A República" e "O Banquete" para comprovar que amar os gregos (estes especificamente) tem suas vantagens. Quem sabe talvez sua próxima visita ao terapeuta possa ser adiada? Dê uma chance!

Obrigada e até o próximo post!

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