quarta-feira, 27 de julho de 2011

Volta ao Ultraromantismo

Depois de um sem número de programas de TV aberta ou a cabo sobre a morte da cantora inglesa  Amy Winehouse, devo confessar que já estou um pouco farta desse acontecimento.

Entretanto, um comentário feito por uma VJ da MTV sobre a cantora chamou minha atenção: Ela relatou que a cantora dias antes de sua morte havia terminado com o namorado, este já cheio das recaídas da cantora para as drogas. O comentário da VJ diante disso foi: "De uma certa forma, Amy morreu por amor". Isso me  remeteu imediatamente a romances do começo do século XIX, no qual o protagonista sofre e sofre por amor, toma ópio e absinto para fugir da realidade e acaba se matando no final.

Esse enredo repetido "n" vezes por diversos escritores em diversos países, está incrivelmente na moda atualmente. Isso se levarmos em consideração que uma pessoa egoísta, a qual não reconhece seu próprio potencial, não reconhece o como tocou a vida das outras pessoas com sua arte (qualquer que seja), não reconhece como é amada pela família e seus fãs, pode tentar se consumir através das drogas, para fugir de uma realidade tão hostil (ser amada por todos, mas não ser amada por uma única pessoa), pode no final se matar "por amor".

O leitor deve saber uma coisa sobre mim para tentar entender este post: Amo o movimento ultraromântico, suas poesias e seus romances estão entre meus favoritos, porém compreendo que seus protagonistas eram no final das contas pessoas egoístas, que não enxergavam que há mais na vida além do amor romântico. Concordo que é uma porcaria que aquela pessoa que você gosta tanto, devota a maioria de seus pensamentos durante o dia, não gosta de você, é, mas não é o fim do mundo, literalmente!

Quem já foi adolescente ou já teve vinte e poucos anos sabe que o amor é infinito enquanto dura, como dizia o poeta, mas como somos seres mortais, sua duração está condicionada às vicissitudes da vida, mas nem por isso vale a pena matar-se (mesmo que seja de forma indireta através das drogas) por amor.

O amor é puro, não é egoísta, ele não mata, nem morre. O amor simplesmente é. Ele é o bônus de estar vivo.

Espero que tenham gostado do post! Obrigada e até o próximo!